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6 dicas para escolher bons livros para crianças

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6 dicas para escolher bons livros para crianças

Dizer que o hábito da leitura traz benefícios para pessoas de todas as idades é quase uma redundância. Trata-se de uma prática que estimula a criatividade, desenvolve o raciocínio e enriquece o vocabulário.

Embora nunca seja tarde para mergulhar no universo das histórias, o ideal é que haja o incentivo a esse hábito desde a infância. E cabe aos pais a missão de despertar nos pequenos o interesse pelas obras literárias.

Para alcançar esse objetivo, uma boa estratégia é dar o exemplo — a criança tende a tomar o comportamento dos familiares como referência e, por isso, a imitá-los. Além disso, incentive o contato prematuro com os exemplares, realizando visitas frequentes a bibliotecas e criando um momento no qual todos se reúnam para a leitura de suas próprias histórias.

Também é muito importante selecionar bons livros para crianças. Mas você sabe que critérios precisam ser levados em conta na hora de fazer essa escolha? É o que vamos explicar no post de hoje!

1. Considere a idade da criança

O primeiro passo na hora de fazer essa escolha é considerar a idade do pequeno leitor. Para os menores, que ainda estão em processo de alfabetização, o ideal é que os livros contenham várias ilustrações e sejam bem coloridos.

A ideia, nessa faixa etária, é que a obra funcione como mais um elemento facilitador das constantes descobertas que a criança vivencia, instigando-a a abrir as portas do universo do “faz de conta”.

À medida que os anos passam, a tendência é que a proporção entre desenhos e texto fique mais equilibrada. As preferências dos leitores também se transformam quando eles ficam mais velhos.

Falando nisso, muitos livros para crianças trazem indicadores de adequação de faixa etária na capa. Logicamente, essas sugestões podem ser utilizadas como parâmetros, mas não devem se sobrepor a uma análise individual de cada caso.

Em outras palavras, é o seu bom senso junto à sua capacidade de discernimento, que deve determinar o que é adequado ou não ao seu filho, considerando também o perfil do pequeno leitor.

2. Informe-se sobre o mercado editorial infantil

É crucial que você se mostre disposto a conhecer as publicações dirigidas ao leitor infanto-juvenil. E há diversas maneiras de se fazer isso: basta um pouco de boa vontade e disposição.

Na internet, recorra aos mecanismos de busca para descobrir quem são os escritores contemporâneos que melhor dialogam com esse público. Também vale pedir indicações para amigos, outros pais e a equipe pedagógica da escola onde seu filho está matriculado.

Também vale a visita às seções infantis de livrarias e bibliotecas. Este é, inclusive, um divertido passeio, que pode ser feito com a própria criança. Muitos desses estabelecimentos disponibilizam espaços especialmente planejados para o bem-estar dos pequenos, com pufes e outros recursos para que eles se sintam completamente à vontade.

3. Recorra aos clássicos e revisite suas próprias referências

Se, por um lado, é importante conhecer toda a produção atual que faz sucesso entre a criançada, por outro, isso não significa que os clássicos devem ser deixados de lado.

Monteiro Lobato e a turma do “Sítio do Pica-Pau Amarelo”, Ziraldo e seu “O Menino Maluquinho”, além de “O Pequeno Príncipe”, de Antoine Saint-Exupéry, estão entre os livros que toda criança deveria ler. Isso porque reúnem vários elementos que encantam e continuarão encantando gerações — inclusive nossos descendentes.

Também vale recorrer às suas próprias lembranças e referências. Abrir o seu baú de memórias é uma ação mais do que bem-vinda. Que personagens fizeram companhia a você na sua infância? Apresente-os ao seu filho! Quem sabe o fascínio não se torna hereditário e, assim, ambos possam trocar deliciosas impressões?

4. Prefira livros que estimulem a aprendizagem

Quando a pessoa gosta de ler, faz isso por prazer. Porém, enquanto folheia as páginas de um livro, também é possível que ela adquira novos conhecimentos. Assim, parte do acervo deve ter a finalidade de estimular a aprendizagem.

Há muitos livros para crianças cujas histórias se relacionam direta ou indiretamente aos conteúdos abordados na escola. Como exemplo dessa estratégia, destacamos “Os Problemas da Família Gorgonzola”.

Nesta obra, a escritora Eva Furnari conta a história dos Gorgonzola, uma divertida família com problemas que devem ser solucionados pelo pequeno leitor. As ilustrações também são um recurso para tornar a jornada mais atraente.

Assim, com o objetivo de ajudar os protagonistas do enredo, são exigidas habilidades com as quatro operações básicas, comparações e, claro, a capacidade de interpretação de textos. Isso porque as informações devem ser extraídas da narrativa.

Além destas opções, há, por exemplo, enciclopédias e almanaques que permitem conhecer melhor as diferentes espécies de animais, o corpo humano ou as mais famosas capitais dos cinco continentes.

5. Aposte na variedade de temas e formatos

Um dos principais legados do hábito da leitura é a ampliação do repertório de quem o tem. Portanto, é importante apostar na variedade: além dos interesses com os quais as crianças naturalmente se identificam, aproveite para apresentar outros a ela.

Você pode, por exemplo, utilizar-se de livros como complementos para a discussão de assuntos que possam ser considerados polêmicos, como racismo, preconceito ou descoberta da sexualidade. Há obras que abordam esses temas com uma linguagem adequada ao público infantil.

Da mesma maneira, permita que o pequeno leitor tenha acesso aos mais diferentes formatos: além de livros tradicionais, valorize gibis — qual criança não se encanta com as aventuras da Turma da Mônica, de Maurício de Sousa? —, jornais e revistas.

6. Dialogue com seu filho e respeite as preferências literárias dele

Por último, porém não menos importante: mantenha um diálogo com seu filho. Dê sugestões, mas jamais imponha suas vontades, ainda que as preferências dele fujam do convencional e possam ser consideradas exóticas.

Converse com o pequeno sobre os temas que despertam o seu interesse e, à medida que os anos se passarem, conceda-lhe autonomia para que ele construa seu próprio acervo. Demonstre entusiasmo quando a criança sinalizar que deseja fazer isso sozinha.

Lembre-se, afinal de contas, que o seu objetivo é instigar a formação de um leitor que pratique essa atividade por prazer (e não por obrigação). Muito além das obras obrigatórias da escola, seu filho deve gostar de ler por vontade própria.

Viu só quantos critérios devem ser considerados na hora de selecionar livros para crianças? Se, mesmo após o artigo de hoje, você precisar de alguma orientação, entre em contato conosco. Teremos grande prazer em ajudar!


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